sábado, 19 de junho de 2021

Leão de Nemeia

 Leão de Nemeia


O Leão de Nemeia (em grego moderno: Λέων της Νεμέας, transl. Léōn tēs Neméas; em latim: Leo Nemaeus), na mitologia grega, era uma criatura que habitava a planície de Nemeia, na Argólida, aterrorizando toda aquela região.


A terrível fera não podia ser morta por um homem normal por ter couro de material impenetrável para mortais (humanos) e todos os que tentavam enfrentá-lo ficavam completamente aterrorizados pelo seu rugido, que podia ser ouvido a quilômetros de distância. Além disso, arma alguma podia penetrar o couro do animal, e todos que o tentavam matar com lanças ou flechas acabavam sendo devorados.


A origem do Leão de Nemeia é controversa. Segundo algumas versões, era tido como filho de Tifão e Equidna. Outras lendas o dão como fruto da união de Equidna e seu próprio filho Ortros, o cão de duas cabeças. Outra versão é de que seria filho de Cérbero com Quimera, e portanto neto de Tifão e Equidna.


No primeiro dos seus famosos doze trabalhos, Hércules recebeu de Euristeu a missão de derrotar o Leão de Nemeia, para dar fim à devastação que este causava. De início, Hércules tentou atingi-lo com suas flechas, inutilmente. Irritado, o herói aplicou com sua clava um golpe tão tremendo na cabeça do animal, que este caiu desacordado. Depois de estrangulá-lo, Hércules extraiu o couro do animal com as próprias garras, uma vez que nenhuma arma de ferro o conseguia cortar ou perfurar.


A partir daí Hércules passou a usar sua pele como um manto protetor, com a cabeça do leão servindo-lhe de elmo.


Escatologia coletiva


 

𝐀 𝐄𝐒𝐂𝐀𝐓𝐎𝐋𝐎𝐆𝐈𝐀 𝐂𝐎𝐋𝐄𝐓𝐈𝐕𝐀


Nos textos anteriores tratamos principalmente da escatologia individual, o que foi verificado através de documentos; no Vaticano II, ao contrário, em que tudo é envolvido e animado pela idéia de Igreja como povo de Deus, preferiu-se deslocar o acento para as últimas realidade coletivas, sociais e até cósmicas.


𝐂𝐎𝐍𝐂Í𝐋𝐈𝐎 𝐕𝐀𝐓𝐈𝐂𝐀𝐍𝐎 𝐈𝐈 (XXI ecumênico)


 𝗖𝗼𝗻𝘀𝘁𝗶𝘁𝘂𝗶çã𝗼 𝗟𝘂𝗺𝗲𝗻 𝗴𝗲𝗻𝘁𝗶𝘂𝗺 (𝘀𝗲𝘀𝘀. 𝗩-𝟮𝟭 / 𝟭𝟭 / 𝟭𝟵𝟲𝟰)


Já no primeiro capítulo da constituição sobre a Igreja" o Vaticano II descreve a consumação do plano salvífico de Deus na Jerusalém celeste, onde vivem todos os justos reunidos em volta do Pai. A Igreja neste mundo é a Igreja peregrina: o cap. II diz que ela caminha, pela Cruz, "para a Luz que não conhece ocaso" [donec per crucem perveniat ad lucem, quae nescit occasum".


Isto, porém, não bastava para concluir que a Lumen gentium tratasse também da escatologia: o tema não era abordado nem no texto discutido no primeiro periodo (1 7/12/1962), nem no novo texto reescrito e que foi examinado a partir da congregação geral em 30/09/1963, na segunda fase. Nesta congregação, porém, propôs o Cardeal Frings que o esquema fosse completado com uma sessão que apresentasse a Igreja como comunidade escatológica dos santos, seção em que acharia sua justa posição uma declaração sobre Maria e seu significado como modelo da Igreja.


A intervenção do Cardeal Frings pode ser considerada como a gênese histórica dos capítulos VII e VIII da Lumen gentium. O cap. VII, depois de uma primeira consideração geral sobre a escatologia católica", dirige a atenção para as almas dos bem-aventurados, nos quais já se realizou a consumação da santidade. A escatologia é vista como uma tensão para a bem-aventurança, e o capítulo a insere justamente logo depois da vocação universal à santidade, e faz dela a conexão com o capítulo seguinte sobre Maria, figura e modelo da Igreja.


𝐍𝐀𝐓𝐔𝐑𝐄𝐙𝐀 𝐄𝐒𝐂𝐀𝐓𝐎𝐋Ó𝐆𝐈𝐂𝐀 𝐃𝐀 𝐈𝐆𝐑𝐄𝐉𝐀 𝐏𝐄𝐑𝐄𝐆𝐑𝐈𝐍𝐀 𝐄 𝐒𝐔𝐀 𝐔𝐍𝐈Ã𝐎 𝐂𝐎𝐌 𝐀 𝐈𝐆𝐑𝐄𝐉𝐀 𝐂𝐄𝐋𝐄𝐒𝐓𝐄


𝑫𝒂 í𝒏𝒅𝒐𝒍𝒆 𝒆𝒔𝒄𝒂𝒕𝒐𝒍ó𝒈𝒊𝒄𝒂 𝒅𝒂 𝒏𝒐𝒔𝒔𝒂 𝒗𝒐𝒄𝒂çã𝒐 𝒏𝒂 𝑰𝒈𝒓𝒆𝒋𝒂


 A Igreja, à qual somos todos chamados em Cristo Jesus e na qual, pela graça de Deus, alcançamos a santidade, só se consumará na glória celeste quando chegar o tempo "da restauração de todas as coisas" (At 3,21), e quando, com o gênero humano, também o mundo inteiro, que está intimamente unido ao homem e que, por ele, chega ao seu fim [Como na GS (cf. FC n. 0.062), também a LG ressalta o aspecto cósmico da escatologia, "intimamente unido ao homem": não pretende, porém, explicar que relação haja entre a dimensão da atual existência humana e a do mundo futuro (cf. nota 124)], será perfeitamente restaurado em Cristo (cf. Ef 1,10; CL 1,20; 2 Pd 3, 10 13).


Cristo, levantado da terra, atraiu todos a Si (cf. Jo 12,32). Ressuscitado dos mortos (cf. Rm 6,9), enviou aos discípulos Seu Espírito vivificador, e por Ele constituiu Seu Corpo, que é a Igreja, como sacramento universal de salvação [Ecclesia ut universale salutis sacra mentum]. Sentado à direita do Pai, age continuamente no mundo para conduzir os homens à Igreja e, por ela, uni-los mais estreitamente a Si, e, alimentando-os com Seu próprio Corpo e Sangue, fazê-los participantes da vida gloriosa. Por isso, a prometida restauração que esperamos já começou em Cristo, é levada adiante na missão do Espírito Santo e por Ele continua na Igreja, na qual, pela Fé, somos instruídos também sobre o sentido da nossa vida temporal, enquanto, com a Esperança dos bens futuros, levamos a termo a obra que nos foi confiada no mundo pelo Pai e efetuamos [operamur] a nossa salvação (cf. Fl 2,12).


Já chegamos, portanto, ao fim dos tempos (cf. 1 Cor 10,11) e a renovação do mundo [renovatio mundi] foi irrevogavelmente decretada e, de certo modo real, é antecipada neste mundo: de fato, a Igreja, já sobre a terra, se distingue pela verdadeira santidade, embora imperfeita. No entanto, até que haja novos céus e nova terra, em que habite a justiça (cf. 2 Pd 3,13), a Igreja peregrina, nos seus sacramentos e nas suas instituições, que pertencem à idade presente, traz a figura deste mundo que passa e, ela mesma, vive entre as criaturas, que gemem e sofrem como que dores de parto até o presente e aguardam a manifestação dos filhos de Deus (cf. Rm 8, 19-22).


Unidos, portanto, a Cristo na Igreja e marcados pelo Espírito Santo, "que é penhor da nossa herança" (Ef 1,14), somos na verdade chamados filhos de Deus e, de fato, o somos (cf. 1 Jo 3,1), mas ainda não aparecemos com Cristo na glória (cf. Cl 3,4), na qual seremos semelhantes a Deus, porque O veremos tal como Ele é (cf. 1 Jo 3,2). Por isso, "enquanto estamos no corpo vivemos no exílio, longe do Senhor" (2 Cor 5,6) e, embora tenhamos as primícias do Espírito, gememos dentro de nós (cf. Rm 8,23) e desejamos estar com Cristo (cf. Fl 1,23). Por esta mesma Caridade somos impelidos a viver mais para Aquele que por nós morreu e ressuscitou (cf. 2 Cor 5,15). Por isso, nos esforçamos para agradar em tudo ao Senhor (cf. 2 Cor 5,9) e nos revestimos da armadura de Deus, para que possamos estar firmes contra as ciladas do demônio e resistir no dia mau (cf. Ef 6,11.13). Mas como não sabemos o día, nem a hora, é preciso, conforme a advertência do Senhor, que vigiemos constantemente (cf. Mt 24, 42; 25, 13; Mc 13,33), para que, ao terminar a nossa única passagem por esta vida terrena (cf. Hb 9, 27), mereçamos entrar com Ele no banquete nupcial [ad nuptias] e sermos contados entre os benditos [de Seu Pai] (cf. Mt 25, 31 46) e não sermos repelidos, como servos maus e preguiçosos (cf. Mt 25,26), para o fogo eterno (cf. Mt 25,41), para as trevas exteriores, onde "haverá choro e ranger de dentes" (Mt 22,13; 25,30).


De fato, antes de reinarmos com Cristo glorioso, compareceremos todos "diante do tribunal de Cristo, para que cada um receba de acordo com o que tiver feito, enquanto estava no corpo, de bem ou de mal" (2 Cor 5,10). E no fim do mundo "aqueles que fizeram o bem ressuscitarão para a vida, mas aqueles que fizeram o mal ressuscitarão para a condenação" (Jo 5,29; cf. Mt 25,46). Tendo convicção de que "os sofrimentos da vida presente não têm proporção com a glória futura, que se manifestará em nós" (Rm 8,18; cf. 2 Tm 2, 11-12), aguardamos, fortes na Fé, "a esperança bem-aventurada e o advento glorioso do grande Deus e Salvador nosso Jesus Cristo" (Tt 2,13), "que transfigurará nosso corpo de miséria, para que seja semelhante [configuratum] ao Seu Corpo glorioso" (Fl 3,21), e que virá "para ser glorificado nos seus santos e ser reconhecido admirável [admirabilis fieri] em todos os que creram" (2 T's 1,10).


𝗗𝗮 𝗰𝗼𝗺𝘂𝗻𝗵ã𝗼 𝗱𝗮 𝗜𝗴𝗿𝗲𝗷𝗮 𝗰𝗲𝗹𝗲𝘀𝘁𝗲 𝗰𝗼𝗺 𝗮 𝗜𝗴𝗿𝗲𝗷𝗮 𝗽𝗲𝗿𝗲𝗴𝗿𝗶𝗻𝗮


 Portanto, até que venha o Senhor em Sua majestade e com Ele todos os anjos (cf. Mt 25,31) e, destruída a morte, Lhe sejam sujeitas todas as coisas (cf. 1 Cor 15, 26-27), alguns de Seus discípulos peregrinam na terra, outros, já passados desta vida, estão se purificando, enquanto outros, enfim, vivem já na glória, contemplando "claramente o próprio Deus Uno e Trino, tal como Ele é"; todos, porém, ainda que em grau e modo diversos, comungamos na mesma Caridade de Deus e do próximo e cantamos o mesmo hino de glória ao nosso Deus. Todos aqueles que são de Cristo, de fato, tendo o Seu Espírito, formam uma só Igreja e Nele estão unidos entre si (cf. Ef 4,16). Por isto, de modo nenhum se interrompe a união dos que estão na terra com os irmãos que adormeceram na paz de Cristo; pelo contrário, segundo a Fé constante da Igreja, esta união se fortalece pela comunhão [communicatione] dos bens espirituais (...).


 Reconhecendo perfeitamente esta comunhão de todo o Corpo Místico de Jesus Cristo, a Igreja peregrina [Ecclesia viatorum], desde os primeiros tempos da religião cristã, venerou [excoluit] com grande piedade a memória dos defuntos, e ofereceu também sufrágios por eles, porque "é santo e salutar o pensamento de rezar pelos mortos, para que sejam livres de seus pecados" [ut a peccatis solvantur] (2 Mc 12, 46) (...).


𝗗𝗶𝘀𝗽𝗼𝘀𝗶çõ𝗲𝘀 𝗽𝗮𝘀𝘁𝗼𝗿𝗮𝗶𝘀 𝗱𝗼 𝗰𝗼𝗻𝗰𝗶𝗹𝗶𝗼


 Esta veneranda Fé dos nossos pais [maiorum nostrorum] sobre a nossa vital união com os irmãos que estão na glória celeste ou que ainda, depois da morte, estão se purificando, este sacrossanto concílio a recebe com grande piedade e de novo propõe os decretos dos sagrados Concílios: II de Nicéia, de Florença e de Trento. E ao mesmo tempo, em razão de sua pastoral solicitude, exorta todos aqueles, aos quais isto se aplique, a que tratem de suprimir ou corrigir quaisquer abusos, excessos ou faltas que acaso se tenham introduzido, e a que tudo restaurem para maior louvor de Cristo e de Deus (...).


Bibliográfia: COLLANTES, Justo, A Fé Católica: Documentos do Magistério da Igreja

sábado, 12 de junho de 2021

Deus na Umbanda

 Quem é Deus na Umbanda?


A Umbanda é uma religião brasileira monoteísta que crê em Deus e suas divindades, os Orixás. Como a cultura brasileira, a Umbanda possui influências do catolicismo, espiritismo, hinduísmo, cultos de nação, cultos indígenas entre outras religiões, possuindo sincretismo com todas elas mas com fundamento próprio e único.


Pragmaticamente, a Umbanda crê que Deus é onipresente, onisciente e onipotente, presente em tudo e em todos a todo momento. Os Orixás, representações das forças divinas, singularizam cada parte de Deus em um segmento único. Por exemplo, o Orixá Oxóssi representa a força do conhecimento, da natureza e do caçador.


Deus é representado por sete sentidos da vida - fé, amor, conhecimento, justiça, lei, evolução e geração - e cada sentido tem dois Orixás, um positivo e outro negativo (em termos de padrão energético e não de bem ou mal). Claro, mais uma vez como a cultura brasileira, a religião de Umbanda possui mais de uma centena de Orixás que conhecemos e que não conhecemos, podendo cada sentido da vida ter mais de dois Orixás. Porém, por padrões de Ordem Divina e o que podemos conhecer, a Umbanda possui sete sentidos da vida e quatorze Orixás.


Se podemos resumir a presença de Deus, compreendemos ele em sete tronos em ordem de princípios: Trono da Fé, Trono do Amor, Trono do Conhecimento, Trono da Justiça, Trono da Lei, Trono da Evolução e Trono da Geração. Por enquanto, não vamos entrar profundamente no fundamento dos Tronos, se não teremos que escrever um livro sobre isso. O objetivo deste texto é escrever sobre Deus e seus desdobramentos na Umbanda.


Portanto, cada sentido de nossa vida possui uma parte de Deus e, se polarizarmos a condução energética desses tronos, teremos um lado positivo e outro negativo. Por exemplo, no Trono da Fé, possuímos a lado positivo, universal, expansor, o Orixá Oxalá; no lado negativo, cósmico, esgotador, possuímos a Orixá Logunan. Cada Orixá traz um fundamento energético dentro do Trono da Fé, como por exemplo Oxalá, congregador e símbolo da expansão da fé, sincretizado com Jesus Cristo. Mais uma vez, não nos atemos a detalhes sobre os Orixás, pois isso será assunto para outro momento. É importante explicarmos perenemente os fundamentos dos Tronos e Orixás, mas a profundidade nesses temas virão em um outro momento.


Se cada sentido da vida simboliza um sentimento, sensação ou movimento dos seres humanos, Deus para a Umbanda e o umbandista significa que sua onisciência, onipresença e onipotência está dentro de nós! O mais importante desse assunto está neste parágrafo: Deus está em você!


Como criador de tudo e de todos, presente na criação e no vazio que antecede a criação, Deus, Tupã, Zambi ou Olorum, representa toda a nossa liberdade de acordo com nossos limites, ou seja: nossa felicidade. E a felicidade é algo muito simples de atingir: viva a sua verdade de acordo com a Lei e Justiça Divina, respeitando sempre os seus limites e os limites de seus irmãos.


Falando em um aspecto um pouco mais complexo, Deus é a união de todas as criações, cosmos, animais, vegetais e energias, que direciona para nós apenas o que é de nosso merecimento para a evolução individual de cada ser animado e inanimado. Por estar presente em tudo e em todos a todo momento, nós singularmente emanamos uma representação da energia divina, então eu repito: Deus está apenas em nós e no que acreditamos que ele é - tudo!


Então, podemos concluir essa pequena introdução a Deus dizendo que Olorum representa nossa liberdade de escolha, desenvolvimento, evolução e merecimento. Como criador, nos reverenciamos a ele pela oportunidade de crescimento e de ser uma pessoa melhor em nosso contexto social.


Adorei as Almas!


#Deus #Umbanda


domingo, 16 de maio de 2021

Apego ao estado de Israel


   

Uma coisa que não entendo é o ‘amor’ da ala da ‘direita brasileira’ pelo estado sionista de Israel, e ainda mais o termo “judaico-cristão” que usam. Este termo não tem lógica alguma, uma coisa anula completamente a outra, não existe “judaico-cristão”. 


Os judeus foram responsáveis pela morte dos cristãos no início da Cristandade, pela perseguição da Igreja nos primeiros séculos como podemos ver como exemplo, no martírio de Santo Estêvão. 


O “neo-conservadorismo” no Brasil é uma bagunça total; Idolatram o estado sionista de Israel e atacam o do Vaticano. Se dizem patriotas mas usam a bandeira de Israel em suas manifestações. Se dizem Cristãos e usam termos judeus.  Falam direito à propriedade e acham que Belém pertence a Israel e não a Palestina. 


Conservador de verdade não molda seus pensamentos através de ideologias, seja ela de esquerda, direita, centro.. todas são falhas, demoníacas e fadadas ao fracasso. 


—— E sobre Israel e os judeus;


“O Anticristo deverá sair do povo judeu e tais serão sua simplicidade e sua humildade que se não lhe prestarem as honras devidas a um rei, ele se tornará mestre do poder por suas falsidades e seus artifícios e ele forçará os exércitos do povo romano a se renderem e os quebrará”.


(São Jerônimo)


“O Anticristo se levantará tão alto, reinará com tanto poder, aparentará uma tão grande santidade por prodígios e sinais extraordinários, que ninguém poderá contradizer suas obras porque somará ao poder do terror os sinais mais aparentes de sua santidade exterior”.


“É coisa diferente de uma testemunha de Anticristo aquele que, não mais considerando como sagrada a Fé que deu a Deus, dá testemunho do erro?”


(São Gregório Magno)


“O Anticristo será designado como chefe dos hipócritas, porque este homem tão perverso recorrerá sobretudo à hipocrisia para seduzir”.


(Santo Antônio)


Citações retiradas do livro “O Itinerário espiritual da Igreja Católica”

sábado, 15 de maio de 2021

Inimigo da ortodoxia


 

  𝑶 𝑷𝑹𝑶𝑻𝑬𝑺𝑻𝑨𝑵𝑻𝑰𝑺𝑴𝑶 𝑰𝑵𝑰𝑴𝑰𝑮𝑶 𝑫𝑨 𝑶𝑹𝑻𝑶𝑫𝑶𝑿𝑰𝑨 𝑬 𝑫𝑨 𝑶𝑹𝑫𝑬𝑴 𝑺𝑶𝑪𝑰𝑨𝑳


Ao falarmos da civilização ocidental temos que falar no principal pilar desta civilização que é a fé cristã é e a afirmação da salvação humana. Isto foi contra os antigos credos fatalistas e materialistas que mantinham o destino do homem as estrelas ou à terra, o materialismo renasceu com o Protestante, e a superstição da crença astrológica volta com força na renascença, à Igreja sustentou a liberdade e o destino espiritual do homem. Reconheceu, de maneira mais franca que a maioria das filosofias humanas, a realidade do mal e a extensão de sua influência sobre a natureza humana. Não obstante, declarou que esse animal carnívoro e lascivo, cujas paixões são infinitamente mais destrutivas e incalculáveis que a das feras da selva porque guia das pela inteligência, é, apesar disso, capax Dei, capaz de adquirir uma natureza espiritual e alcançar uma finalidade divina. Assim, o cristianismo, mais que qualquer outra religião, é caracterizado por uma doutrina de renovação espiritual e regeneração. Pretende a restauração e a renovação da natureza humana em Cristo - em outras palavras, a criação de uma nova humanidade.


Essa é a grande verdade central, que foi obscurecida e muitas vezes esquecida pelo individualismo religioso iniciado por Martinho Lutero, e só cresceu nos últimos séculos, que conceberam a salvação como uma vida após a morte feliz a ser obtida por indivíduos piedosos como recompensa pela perfeição moral, ou por práticas religiosas. Entretanto, a ideia cristã de salvação é, em essência, SOCIAL. Tem raízes no Antigo Testamento, na concepção de Povo de Deus, no ensinamento profético da restauração espiritual de Israel e na manifestação progressiva do propósito divino na história. Aparece no Evangelho como boa-nova do advento do Reino - um reino que não é nacional ou político no sentido que o povo judeu o que concebia, mas universal e transcendente - uma nova ordem espiritual, destinada a transformar o mundo e a humanidade.


O novo mundo e a nova humanidade existem como fermento ou semente sob a superfície da ordem presente - a ordem que os cristãos chamam de mundo. Acreditamos que está destinada a transformá-la, que virá o tempo em que os reinos deste mundo se tornarão o Reino de Cristo e quando todas as coisas forem renovadas. A ideia, sem dúvida, é difícil de aceitar e até mesmo incrível, do ponto de vista puramente humano. No entanto, o mundo certa vez já experimentou essa verdade. O que pareceria mais impossível que a transformação da civilização do mundo antigo por um grupo de homens obscuros e analfabetos de uma raça desprezada em uma província inferior? Mas, não obstante, isso aconteceu; e depois de novecentos anos, depois do ir e vir de tantos povos e reinos, ainda parece afetar, em alguma medida, nossas vidas e nosso modo de pensar.


Dirão que isso não pode acontecer de novo. Aconteceu uma vez e já acabou: tornou-se parte da história. Essa não é, contudo, a visão cristã. Do ponto de vista da conversão do mundo pagão, é somente espécime e ou uma antecipação do poder de transformar o mundo da fé cristã, e o anormal é a forma passiva e estática do cristianismo que o mundo moderno toma por certa. Entretanto, lembrando, o mundo moderno é um mundo secularizado que descartou o cristianismo como parte de um passado morto e que perdeu o senso dos valores espirituais da tradição cristã.


O que vemos hoje, todavia, não é o colapso da cultura tradicional

do cristianismo, é a catástrofe da cultura secular que a substituiu. Por ter um horizonte limitado ao secular e por não poder responder aos anseios mais profundos da humanidade, o liberalismo fomentou um vácuo espiritual, um coração de trevas e caos sob a ordem mecânica e a inteligência científica do mundo moderno.


Como a tradição sagrada e secular veio a ser a abandonada grande parte foi abandonada pelo mundo moderno? Os inimigos vêm de campos muito diferentes; no entanto, concordam na questão de que é algo mais que um acidente e corresponde a uma divisão muito profunda no pensamento europeu e ocidental no geral. Por um lado, tem origem e elemento do pensamento protestante, especificamente luterano, isto é, em um dualismo, na doutrina da depravação total da natureza humana e no ou melhor, na contradição entre natureza e graça, que faz da primeira uma presa indefesa aos poderes do mal, até que seja resgatada pela irrupção violenta da graça divina. O efeito desse dualismo é divorciar a lei moral da religião, de modo que ela possua um valor puramente temporal. Como dispõe Martinho Lutero, a lei pertence à Terra, o evangelho, aos Céus, e devem ser mantidos à parte, o mais possível. 


"No governo civil devemos rigidamente precisar e observar a obediência à lei, e nesse departamento nada devemos conhecer do Evangelho, da consciência, da graça, do perdão dos pecados ou mesmo do próprio Cristo; mas devemos conhecer somente como falar de Moisés, da lei e de obras. Dessa maneira, a saber, a lei e o Evangelho têm de ser separados um do outro tanto quanto possível, e cada um deve permanecer à parte no local a que pertence. A lei deve permanecer fora dos Céus, ou seja, fora do coração e da consciência; por outro lado, a liberdade do Evangelho deve permanecer fora do mundo, ou seja, fora do corpo e de seus membros" [ Martinho Lutero. Comentário sobre a Epístola aos Gálatas.]


O profundo pessimismo de Lutero via na natureza nada senão o reino da morte, e na lei da natureza, a lei da ira e da punição, e, assim, esse extremo supernaturalismo abriu caminho para a secularização do mundo e a abolição de padrões objetivos.


Entretanto, a revolta contra a natureza não brotou somente da sobrenaturalidade de Lutero e dos reformadores. Encontrou apoio ainda mais possante na mundanidade dos estadistas e pensadores da Renascença. Já antes da Reforma, Nicolau Maquiavel (1469-1527) elaborou o guia do homem inteligente em política que estudava a arte do governo como uma técnica não moral para a obtenção e manutenção do poder,  privando assim, o Estado de seu caráter religioso como o órgão temporal da justiça divina e tornando os interesses do Estado na lei suprema pela qual todos os atos políticos devem ser julgados. Essa é a fonte da "nova ciência do Direito e das leis" e que substituiu o direito consuetudinário da cristandade e que, como explicou Leão XIII nas encíclicas políticas, minou as bases morais da civilização ocidental.


Isso não deixa espaço para a consagração do Estado a Deus, expressa de modo solene e sacramental pelo rito tradicional de coroação dos reis cristãos. Ao contrário, teve como consequência a secularização do Estado e a dessacralização da lei e da autoridade. Ao emancipar o príncipe da subordinação a uma ordem superior, destruiu tanto o princípio da ordem como o princípio da liberdade no próprio Estado.


O falso realismo político que nega ou ignora as realidades espirituais não é menos fatal à tradição cristã e menos destrutivo à cristandade como realidade social do que foi o falso espiritualismo de Lutero. De fato, sua influência foi mais ampla e profunda, já que não se restringiu a determinados países e povos, mas influenciou, igualmente, o pensamento de católicos e protestantes e ficou mais forte com a progressiva secularização de nossa civilização. O pensamento de Lutero pertence a um mundo diferente do que vivemos; ainda era um homem da Idade Média, embora estivesse revoltado com o catolicismo medieval. No entanto, o pensamento de Maquiavel ainda vivo no mundo moderno e encontra expressão nas feitos dos políticos e ditadores modernos.


Para finalizar vamos lembrar das palavras que Pio XII escreveu em 1939 a esse respeito na encíclica Summi Pontificatus da seguinte maneira:


"Hoje, os falsos pontos de vista sustentados em tempos pregressos foram amalgamados em uma nova invenção e em equívocos acerca da razão humana. E esse processo perverso foi levado tão adiante que nada restou senão confusão e desordem. Podemos destacar um erro fulcral como fonte, profundamente escondida, da qual todos os males do Estado moderno derivam sua origem. Tanto na vida privada como no próprio Estado e, ademais, nas relações mútuas entre Estados e entre países, o padrão universal de moralidade, indicado pela lei natural, é posto de lado, agora enterrado sob um conjunto de críticas e desatenção." [Pio XII. Summi Pontificatus (20 de outubro de 1939) sobre o ofício do pontificado, § 19-25].


DOWSON, Christopher; o julgamento das nações

sábado, 24 de abril de 2021

Porque batemos cabeça no terreiro


   Porque batemos cabeça no terreiro? 


 


À bênção a quem é de direito. 


 


Todos, em dado momento, já viram um médium deitado no chão, geralmente em uma esteira, e se perguntam porque desse ato. 


A umbanda é uma religião que cultua a ancestralidade, as entidades de umbanda já passaram por uma encarnação nessa terra, há alguns que não tiveram, mas essa será uma outra explicação, nossos Orixás são nossos ancestrais, e sabemos que depois de desencarnados voltamos a terra! Então, a terra é uma ligação entre os mundos, carnal e espiritual. 


O ato de se deitar, colocar o nosso Ori (cabeça) no chão, é um ato de reverenciar todos os nossos ancestrais, de mostrar nosso respeito por toda trajetória percorrida por eles, é um ato de amor, e entendimento da importância deles para nossa religião. 


Alguns leigos falam que isso é um ato de humilhação, jamais será, mesmo quando o filho bate cabeça ao zelador, ele está batendo para os Orixás que regem o zelador, é o respeito que o filho tem por aquele zelador cuidar dele, da sua espiritualidade. 


É um ato de extrema humildade perante nossa ancestralidade, que de fato, é quem nos sustenta! 


Dar a devida importância de onde viemos, será de suma importância para sabermos para onde vamos! 


 


Meu saravá fraterno 


Estudos de umbanda oficial 

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Mariposa cometa


     A mariposa cometa (Argema mittrei) está entre as maiores lepidópteras (borboletas e mariposas) do mundo.  Sua envergadura de 20 cm é superada por poucas outras espécies.


 O macho, como visto aqui, tem caudas longas e grandes antenas plumosas.  A fêmea, em comparação, tem caudas mais curtas e mais largas e antenas muito mais estreitas.


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 Fotógrafo: @peleides

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@eucurtobiologia 


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#biologia #entomologia #biologo #bio #insetos  #borboletas

quarta-feira, 21 de abril de 2021

Breve relato da União hipostática e theotókos

 

          

    Cristo é Deus ou um ser divino? O divino filho de Maria? 

Ao longo dos tempos na história desde os pais da igreja entre os grandes concílios acompanhamos o debate em torno da pessoa do Cristo e sua genitora. 

Começando nossa explanação em 451 d.c. no concílio de Calcedônia que se deu de 8 de Outubro a 1 de novembro de 451 d.c. , ecumênico aconteceu em Bitinia na Ásia menor. 

Convocado pelo imperador Marciano com a finalidade de anular o concílio regional de 449 .   Seu objetivo principal era afirmar a doutrina católica ortodoxa contra a heresia ensinada por Eutiques . O concílio também declarou a dualidade humana e divina do Cristo. 

Sendo assim a união hipostática se refere a dupla natureza de Jesus Cristo uma divina e outra humana, que não se fundem ou alteram ,não se separam e nem se dividem compondo e estabelecendo uma só pessoa e uma só subsistência eternamente conforme visto no concílio de Caledônia. 

Sendo assim Cristo é plenamente divino e totalmente humano, para todo o sempre visto que Cristo mesmo agora na eternidade, possui um corpo humano. (AT 1:11,AP 5:6) 

Nessa preciosa união, o filho de Deus assumiu nossa natureza humana em sua divindade embora Deus tenha permanecido Deus e o homem permanecesse homem nele. Consequentemente ele não se tornou duas pessoas,  mas permaneceu uma pessoa divina o filho de Deus,  a segunda pessoa pessoa na Trindade.  


 Como também vemos no breve catecismo de Westminster: 

Pergunta 6. Quantas pessoas há na divindade?      Resposta: Há três pessoas na divindade o pai , o filho, o Espírito Santo e estas três pessoas são um Deus,  da mesma substância,  iguais em poder e glória.  ( MT 3:16,17-MT 28:19,2CO 13:13) 

  Na confissão Belga no artigo 8 : 

A Trindade um só Deus, três pessoas                        Conforme essa verdade e a palavra de Deus, cremos em um só Deus, que é um único ser ,em que há três pessoas: o pai,o filho, o Espírito Santo, essas são realmente desde a eternidade distintas ,conforme os atributos próprios de cada pessoa.                                                                             Entretanto essas pessoas assim distintas não são divididas nem confundidas entre si.(JO1:1,2-JO15:26-AP 19:13 ) 

Confissão Belga artigo 10 : 

Jesus Cristo é Deus                                                        Cremos que Jesus Cristo, segundo sua natureza divina é o único filho de Deus, gerado desde a eternidade. Ele não foi feito nem criado pois assim ele seria uma criatura mas é de igual substância do pai co-eterno , o 'resplendor da glória e a expressão do seu ser'( HB1:3) . Assim ele é o verdadeiro e eterno Deus, o todo poderoso, a quem invocamos, adoramos é servimos .(RM 9:5- GL 4:4- FP 2:6 ). 


 E quanto à mãe do divino ser humano seu nome é Maria a prometida de José, a virgem que daria a luz ao divino ser humano o Cristo.                         Bem aventurado é o teu ventre bendita é digna de louvor a mulher que te concebeu .(Lucas 11:27).

A ela foi dado o título grego Theotókos usado especialmente na igreja ortodoxa e igrejas orientais católicas. Sua tradução literal para o português inclui ' portadora de Deus .

Diversos padres da igreja nos três primeiros séculos defendem Maria como a Theotókos, como Orígenes (254), Atanásio (330)e João Crisóstomo (400). O concílio de Éfeso decretou esta doutrina dogmaticamente em 431 .                  Cristãos católicos e ortodoxos justificam a utilização da expressão Theotókos ou mãe de Deus citando Lucas 1:43 , onde Isabel saúda a virgem Maria como a ' mãe do  meu senhor '.

O breve catecismo de Westminster diz:

Pergunta 22. Como Cristo, sendo o filho de Deus, se fez homem? 

Resposta: Cristo, o filho de Deus fez-se homem tomando um verdadeiro corpo e uma alma racional, sendo concebido pelo poder do Espírito Santo no ventre da virgem Maria e nascido dela sem pecado. 

O catecismo de Heidelberg diz: 

Pergunta 35: O que você entende quando diz que Cristo foi concebido pelo Espírito Santo e nasceu.

Resposta:Entendo que o eterno filho de Deus que é e permanece verdadeiro e eterno Deus, tornou-se verdadeiro homem, da carne e do sangue da virgem Maria, por obra do Espírito Santo. Assim ele é de fato o descendente de Davi , igual a seus irmãos em tudo mas sem pecado. 

      Maria a portadora de Deus. THEOTÓKOS.  

sexta-feira, 2 de abril de 2021

Umbanda sexta feira santa


 


O que significa a Sexta-Feira Santa na Umbanda?


Para a Umbanda, a Semana Santa representa a criação do mundo, por isso, durante esse período, os Umbandistas se vestem de branco, principalmente na Sexta-feira Santa. Além da roupa branca, eles se alimentam somente com comidas dessa cor, como a canjica, arroz doce e pães. Esse é o dia em que os Orixás descem do Orún (mundo espiritual), para conhecer a grande criação de Olorum (Grande Criador, Divino, Deus criador de tudo). Na noite de quinta para Sexta-feira da Paixão, os seguidores da Umbanda se protegem com seus contra-eguns. Eguns são espíritos que ainda não adquiriram um grau de consciência e muitas vezes ainda nem sabem que desencarnaram, e podem se tornar obsessores. Por exemplo, alguns se ligam a alguém encarnado para vivenciar seus vícios como álcool, droga ou sexo. Outros, por não quererem se afastar de um ente como esposa ou filho, sugam toda energia da pessoa, e ela fica como um vampiro zumbi, totalmente apática. O que acontece é que, nesta noite, Iansã está em guerra, e não pode afastar os eguns que estão rondando por aí.


Umbanda

Na Sexta-feira Santa na Umbanda são oferecidos pratos a Oxalá, pedindo paz e prosperidade para o Terreiro e seus filhos seguidores.


Que a Sexta-feira Santa na Umbanda seja com muita paz, e que o Pai Oxalá abençoe a vida e a família de todos, independente da crença espiritual.


Gratidão!

Texto: Fraternidade Filhos do Sol

segunda-feira, 29 de março de 2021

Ratão Águia


 Ratão-águia 

Myliobatis aquila


Conhecida também como ratão-águia, esta espécie de raia é encontrada principalmente no Oceano Atlântico que banha a Ilha da Madeira, Ilhas Canárias, Irlanda, Ilhas Britânicas e África do Sul. Seu habitat são as baías e estuários.

É um peixe que nada próximo ao fundo arenoso. Possui dentes usados para mastigar suas presas, que incluem crustáceos, moluscos e pequenos peixes. É ovovivípara. A mãe dá à luz a 3 a 7 filhotes, após uma gestação de 6 a 8 meses.

Leão de Nemeia

 Leão de Nemeia O Leão de Nemeia (em grego moderno: Λέων της Νεμέας, transl. Léōn tēs Neméas; em latim: Leo Nemaeus), na mitologia grega, er...